lugar do texto

Revisão de textos académicos, literários e técnicos
Produção de conteúdos de escrita
(letras de canções, slogans publicitários, discursos de homenagem, biografias, etc.)

VERA DE VILHENA
(autora, revisora de texto, coordenadora de oficinas de escrita criativa, vencedora do Prémio Revelação APE/Babel)

DESEJA FAZER UMA EDIÇÃO DE AUTOR OU ENVIAR UM ORIGINAL PARA UMA EDITORA? LEMBRE-SE DE QUE NÃO HÁ UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE PARA CAUSAR UMA PRIMEIRA BOA IMPRESSÃO... NÃO SE PRECIPITE E CUIDE DA REVISÃO DA SUA OBRA COM A "LUGAR DO TEXTO"



"Uma grande surpresa, tanto na composição como na escrita. Compôs e escreveu duas canções que me assentam como uma luva. Fonte de delicadeza e elegância, assim defino a Vera de Vilhena, como pessoa e como artista."
RITA GUERRA

domingo, 17 de junho de 2012

Cérebro

Se esta é uma das capacidades maravilhosas do nosso cérebro, é também uma das armadilhas com que um revisor de texto tem de lidar :) Muitas vezes, o malandra da nossa mente arruma as letras no lugar certo e adapta símbolos como bem entende. Resultado? Há erros que podem passar despercebidos; logo, é preciso o triplo da atenção!


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Labor

Um dia, Paul Valéry passeava no Louvre com o seu amigo Degas e detiveram-se frente a uma tela de Henry Rousseau, que representa uma "alameda de carvalhos enormes":
"Depois de um tempo de admiração, observei com que consciência e paciência o pintor (...) executara o detalhe infinito (...):
- É soberbo - eu digo (a Degas) - mas deve ser tedioso fazer todas essas folhas... deve ser até muito chato...
- Cale-se - diz Degas - se não fosse chato, não seria divertido.
O facto é que ninguém mais se diverte nessa forma laboriosa, e eu só traduzira ingenuamente a repugnância cada vez maior dos homens por todo o trabalho de aspecto monótono ou que deve ser realizado com actos pouco diferentes e longamente repetidos. A máquina exterminou a paciência.
Uma obra era, para Degas, o resultado de uma quantidade indefinida de estudos e, depois, de uma série de operações. Acredito que ele pensava que uma obra nunca pode ser considerada terminada, e que ele não concebia que um artista pudesse rever um dos seus quadros depois de algum tempo sem sentir a necessidade de retomá-lo e de pôr de novo a mão. Acontecia ele retrabalhar telas há muito tempo penduradas nas paredes da casa de seus amigos, levá-las para o seu antro, de onde elas raramente voltavam. Alguns, de cuja casa era frequentador, chegavam a esconder o que tinham dele."
(PAUL VALÉRY, "Degas Dança Desenho", 1938)