A LUGAR DO TEXTO nasceu hoje e anda a pensar nas transformações que a escrita da língua portuguesa tem sofrido. Durante muito tempo fui contra o Acordo Ortográfico. No entanto, tenho de dar a mão à palmatória, depois de pegar numa edição de 1888, de uma obra de Júlio Verne. Basta olhar para a forma como se escrevia no séc. XIX e conclui-se que a escrita está em evolução constante, o que não é necessariamente mau.
Mudam palavras como: inspe(c)ção - inspeção
a(c)tivar - ativar
Mantêm-se: facto
característica
Ou seja, foram eliminadas apenas as consoantes mudas, neste caso, o "c".
E será que o "p" faz assim tanta falta no "ótimo"?
Em óptimo talvez não faça muita falta mas em optimizar faz, acho eu...
ResponderEliminarE que me diz de "pára" que perde o acento?
Passe pelo Muito suave, veja o post sobre este tema e deixe-me o seu comentário.
http://muitosuave.blogspot.com/
Olá Pericles,
ResponderEliminarDe modo geral, o acordo não me choca. Acredito que a escrita tem de evoluir e acompanhar os tempos, de contrário ainda escreveríamos pallavras com lêtras dobradas, muitos acêntos circunflexos e ph em vez de f, por exemplo. O caso específico do para/pára é, quanto a mim, uma opção infeliz, pois provoca, de facto, confusão na leitura.
ex: Para lá (além de)de me incomodar / Pára lá (imperativo)de me incomodar!
Vou espreitar o seu blog, é claro e obrigada pela visita ao Lugar do Texto.