lugar do texto

Revisão de textos académicos, literários e técnicos
Produção de conteúdos de escrita
(letras de canções, slogans publicitários, discursos de homenagem, biografias, etc.)

VERA DE VILHENA
(autora, revisora de texto, coordenadora de oficinas de escrita criativa, vencedora do Prémio Revelação APE/Babel)

DESEJA FAZER UMA EDIÇÃO DE AUTOR OU ENVIAR UM ORIGINAL PARA UMA EDITORA? LEMBRE-SE DE QUE NÃO HÁ UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE PARA CAUSAR UMA PRIMEIRA BOA IMPRESSÃO... NÃO SE PRECIPITE E CUIDE DA REVISÃO DA SUA OBRA COM A "LUGAR DO TEXTO"



"Uma grande surpresa, tanto na composição como na escrita. Compôs e escreveu duas canções que me assentam como uma luva. Fonte de delicadeza e elegância, assim defino a Vera de Vilhena, como pessoa e como artista."
RITA GUERRA

sábado, 29 de setembro de 2012

João de Deus


grammatica rudimentar

Aquelle Manuel do Rego
É rapaz de tanto tino
Que em lirio põe sempre y grego,
E em lyra põe i latino!
E como a gente diz ceia
Escreve sempre ceiar;
Assim como de passeia
Tira o verbo passeiar!
Nunca diz senão peior
Não só por ser mais bonito,
Mas porque achou num auctor
Que deriva de sanskrito.
Escreve razão com s,
E escreve Brasil com z:
Assim elle nos quizesse
Dizer a razão porquê!
Também como diz - eu soube
Julga que eu poude é correcto:
Temo que a morte nos roube
Rapazinho tão discreto!
É um gramático o Rego!
É um purista o finorio...
Se Camões fallava grego,
E o Vieira latinorio!


(in "Campo de Flores", JOÃO DE DEUS, 1896)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Escrita Criativa


Imagem: ART WEDNESDAY, "Changing Seasons"
O Outono
 na ponta dos dedos
por Vera de Vilhena

Unidos no amor à escrita e aos livros, celebrando 
o S. Martinho e o outono, num ambiente acolhedor.

Venha experimentar!

10 e 11 de Novembro

Horário: das 10h00 às 18.00
(13.00 - 14.30 pausa para almoço)


Inscrições: 261 860 464 | 969 014 394
Email: geral.bgl@gmail.com
 Ericeira

domingo, 8 de julho de 2012

Permanências

Mais do que um objecto de escrita, podem ser verdadeiras peças de arte, antes de encerrarem a possibilidade de criarem arte literária nas mãos de quem as segura. Porque será que nos parece irem as coisas perdendo encanto, à medida que vamos sendo invadidos pelos tempos modernos? Por que razão já não se produzem objectos assim? Uma destas canetas poderia bem ser aquela que Daniel, com 5 anos, de mão dada com o pai, namora na loja da Rua Anselmo Clavé, na Sombra do Vento, de Carlos Ruíz Zafón.




quarta-feira, 4 de julho de 2012

Palavrões

Uma verdadeira maratona de palavrões! :)

AS 10 MAIORES PALAVRAS DA LÍNGUA PORTUGUESA
1º. Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico (46 letras)
Relativo a uma doença pulmonar aguda causada pela aspiração de cinzas vulcânicas


2º. Paraclorobenzilpirrolidinonetilbenzimidazol (43 letras)
Substância presente em medicamentos como o Ultraproct

3º. Piperidinoetoxicarbometoxibenzofenona (37 letras)
Substância presente em medicamentos como o Baralgin

4º. Tetrabrometacresolsulfonoftaleína (35 letras)
Termo específico da área de química

5º. Dimetilaminofenildimetilpirazolona (34 letras)
Substância ativa em vários comprimidos para dor de cabeça

6º. Hipopotomonstrosesquipedaliofobia (33 letras)
Doença psicológica que se caracteriza pelo medo irracional (ou fobia) de pronunciar palavras grandes ou complicadas

7º. Monosialotetraesosilgangliosideo (32 letras)
Substância presente em medicamentos como o sinaxial e o sygen

8º. Anticonstitucionalissimamente (29 letras)
Maior advérbio da língua portuguesa, significa o mais alto grau de inconstitucionalidade

9º. Oftalmotorrinolaringologista (28 letras)
Profissional especializado nas doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta

10º. Inconstitucionalissimamente (27 letras)
Sinónimo de anticonstitucionalissimamente

domingo, 17 de junho de 2012

Cérebro

Se esta é uma das capacidades maravilhosas do nosso cérebro, é também uma das armadilhas com que um revisor de texto tem de lidar :) Muitas vezes, o malandra da nossa mente arruma as letras no lugar certo e adapta símbolos como bem entende. Resultado? Há erros que podem passar despercebidos; logo, é preciso o triplo da atenção!


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Labor

Um dia, Paul Valéry passeava no Louvre com o seu amigo Degas e detiveram-se frente a uma tela de Henry Rousseau, que representa uma "alameda de carvalhos enormes":
"Depois de um tempo de admiração, observei com que consciência e paciência o pintor (...) executara o detalhe infinito (...):
- É soberbo - eu digo (a Degas) - mas deve ser tedioso fazer todas essas folhas... deve ser até muito chato...
- Cale-se - diz Degas - se não fosse chato, não seria divertido.
O facto é que ninguém mais se diverte nessa forma laboriosa, e eu só traduzira ingenuamente a repugnância cada vez maior dos homens por todo o trabalho de aspecto monótono ou que deve ser realizado com actos pouco diferentes e longamente repetidos. A máquina exterminou a paciência.
Uma obra era, para Degas, o resultado de uma quantidade indefinida de estudos e, depois, de uma série de operações. Acredito que ele pensava que uma obra nunca pode ser considerada terminada, e que ele não concebia que um artista pudesse rever um dos seus quadros depois de algum tempo sem sentir a necessidade de retomá-lo e de pôr de novo a mão. Acontecia ele retrabalhar telas há muito tempo penduradas nas paredes da casa de seus amigos, levá-las para o seu antro, de onde elas raramente voltavam. Alguns, de cuja casa era frequentador, chegavam a esconder o que tinham dele."
(PAUL VALÉRY, "Degas Dança Desenho", 1938)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Palavras

"AS palavras constituem, na minha humilde opinião, 
a nossa inesgotável fonte de magia"
(J.K. Rowling)